domingo, 29 de setembro de 2013
SER JUSTO NO USO DOS BENS
26º Domingo do Tempo Comum
[29 de setembro
de 2013]
SER JUSTO NO USO DOS BENS
[Lc
16,19-31]

Notamos
na parábola de hoje, muito conhecida e que, por vezes, causa uma certa comoção:
“Que rico nojento, ambicioso! Merece a morte!” Mas, e nós? Como lidamos com os
pobres? Há muita gente passando necessidade em nosso meio! Há muita corrupção
favorecida por nós quando nos omitimos: quantas pessoas vendem o voto sem nenhum
escrúpulo! Quantas pessoas vivem atrás de benefícios pessoais sem nenhum
interesse pelo pobre que mora bem perto de sua casa! Quanta maldade presenciamos
e fazemos de conta que não vemos!
Por
falar em corrupção eleitoral, é bom lembrar que, se há corruptos e compradores
de votos é porque há pessoas que favorecem a corrupção deixando-se comprar, ou
mesmo oferecendo o voto a quem der mais! A responsabilidade é recíproca. “Voto
não tem preço: tem consequências!”
Diante
dessa realidade toda, penso que o grande e principal apelo de Deus para nós é a
conversão. Nossa mentalidade precisa se conformar com o jeito e sentimentos de
Jesus. Ele é o nosso modelo. Precisamos olhar para ele. Essa atitude nova que
brota do convívio com Jesus se manifesta através do novo jeito de lidarmos com
as coisas e as pessoas.
O
risco é entendermos esse Evangelho como um apelo a darmos esmola a pobres que
encontramos pela rua ou que batem à nossa porta para descarrego de consciência
ou mesmo por medo da condenação eterna. A palavra esmola significa justiça. O
caminho é sermos justos com nossa família, com nossos vizinhos, com a
comunidade. Ser justo é viver de acordo com o ensinamento de Deus. É empenhar-se
para que o mundo seja mais próximo daquilo que Deus sonhou.
A
justa preocupação que cada um tem em ter uma casa, um emprego, saúde, educação,
uma vida de qualidade para si e para os seus deve se ampliar no desejo de que
todos tenham essas condições. O que desejamos para nós devemos querer para os
outros, e nos empenharmos para que todos tenham.
O
Evangelho é uma força de conversão para todos, pobres e ricos, conversão a ser
feita imediatamente. Não adianta esperar para que venha alguém dos mortos para
nos dizer o que devemos fazer. Jesus já o disse. Resta-nos assumir essa causa, a
causa do Reino.
Pe. Aureliano de Moura Lima,
SDN
MANHUMIRIM,
MG
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O colar de turquesas azuis
|
O homem por detrás do balcão olhava a rua de forma distraída enquanto uma garotinha se aproximava da loja. Ela amassou o narizinho contra o vidro da vitrine. Seus olhos da cor do céu brilharam quando viu determinado objeto.
Ela entrou na loja e pediu para ver o colar de turquesas azuis. Então, disse ao balconista:
– É para minha irmã, você pode fazer um pacote bem bonito?
O dono da loja olhou desconfiado para a garotinha e perguntou:
– Quanto dinheiro você tem?
Sem hesitar ela tirou do bolso da saia um lenço todo amarradinho e foi desfazendo os nós. Colocou-o sobre o balcão e disse:
– Isso dá, não dá?
Eram apenas algumas moedas que ela exibia orgulhosa.
– Sabe, eu quero dar este presente para minha irmã mais velha. Desde que nossa mãe morreu ela cuida de mim e não tem tempo para ela. Hoje é seu aniversário e tenho certeza de que ela ficará feliz com o colar que é da cor dos seus olhos.
O homem foi para o interior da loja, colocou o colar em um estojo, embrulhou com um vistoso papel vermelho e fez um laço caprichado com uma fita azul.
– Tome, disse para a garotinha. Leve com cuidado.
Ela saiu feliz saltitando pela rua abaixo.
Ainda não acabara o dia quando uma linda jovem de cabelos loiros e maravilhosos olhos azuis adentrou a loja. Colocou sobre o balcão o já conhecido embrulho desfeito e interrogou:
– Este colar foi comprado aqui?
– Sim senhora – respondeu o dono da loja.
– E quanto custou?
– Ah, o preço de qualquer objeto em minha loja é sempre um assunto confidencial entre o vendedor e o cliente.
– Mas minha irmã tinha somente algumas moedas. E este colar é verdadeiro, não é? Ela não teria dinheiro para pagar por ele.
O homem tomou o estojo, refez o embrulho com extremo carinho, colocou a fita e devolveu à jovem dizendo:
– Ela pagou o preço mais alto que qualquer pessoa pode pagar. Ela deu tudo que tinha.
O silêncio encheu a pequena loja e lágrimas rolaram pela face da jovem enquanto suas mãos tomavam o embrulho.
"A verdadeira doação é dar-se por inteiro, sem restrições.”
terça-feira, 24 de setembro de 2013
São Miguel Arcanjo Príncipe da Milícia Celeste
29 de setembro
ORAÇÃO A SÃO MIGUEL ARCANJO:
São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, cobri-nos com
vosso escudo, contra os embustes e ciladas do demônio.
Subjugue-o, Deus, instantemente o pedimos e vós, príncipe
da milícia celeste, precipitai no inferno a Satanás e a todos os
outros espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as
almas.
São Miguel Arcanjo, protegei-nos na luta para que não pereçamos
no tremendo juízo.
Sacratíssimo Coração de Jesus. Tende piedade de nós!
(3 X)
“Houve uma grande batalha: Miguel e seus anjos lutaram contra o Dragão. O Dragão também lutou, junto com seus anjos, mas foram derrotados, e não houve mais lugar para eles no céu (Apocalipse, 12, 7-8)”.
Quem como Deus = Miguel
Antes de ter criado o homem, Deus criou os Santos Espíritos, os Espíritos Puros, isto é, não compostos de matéria, embora por vontade divina, possam às vezes apresentar-se aos homens sob formas corporais: “Deus, desde o princípio do tempo, criou do nada duas espécies de seres: os Espirituais e os Corporais, isto é, os Anjos e o Mundo; e, depois, criou o Homem, sendo constituído de corpo e espírito, que é comum a ambos os seres (IV – Concílio Latrão – 1215)”.
As Sagradas Escrituras falam-nos de anjos agrupados em 9 coros, a saber: Serafins, Querubins, Tronos, Dominações, Potestades, Virtudes, Principados, Arcanjos e os Anjos, que por sua vez, constituem três hierarquias. A primeira hierarquia, os Serafins, Querubins e Tronos, têm por missão o serviço principal perante o Trono de Deus; a segunda hierarquia: Dominações, Potestades e Virtudes que têm por missão o serviço no espaço da Criação; e a terceira hierarquia: Principados, Arcanjos e Anjos, que têm por missão o serviço junto à humanidade na terra.
Deus exalta os humildes e resiste aos soberbos
Quando Lúcifer, arrogante e presunçoso se levanta contra Deus, Deus cria o inferno e nele são precipitados por Miguel, Lúcifer e todos os Anjos rebeldes.
Dizem as Santas Escrituras, quer no Antigo Testamento, quer no Novo Testamento, que o Arcanjo São Miguel foi sempre muito amado e venerado pelo povo de Deus. O Senhor o constituiu guarda e protetor da nação israelita, como se lê no Profeta Daniel: “Surgirá Miguel, o Grande Príncipe, que guardará o teu povo (Daniel 12, 1)”.
São Miguel Arcanjo é honrado e invocado como guarda e protetor da Igreja e como guardião dos agonizantes pois é ele quem leva as almas dos que deixam este mundo, junto do Trono de Deus para o julgamento. A Igreja invoca-o como advogado de defesa na vida e na hora da morte.
As Aparições de São Miguel Arcanjo
São João Evangelista, quando chegou à região de Colossos, fui muito bem recebido em sua pregação e vários abraçaram a fé. Nas suas exortações. São João falou sobre os anjos e anunciou-lhes que o Príncipe das Milícias Angélicas, o grande São Miguel, os tomaria debaixo de sua proteção e que, às portas da cidade. brotaria uma fonte, onde os doentes, com o sinal da cruz e a invocação do Arcanjo São Miguel, encontrariam a cura de todos os males do corpo e da alma. A fonte apareceu e espalhou-se esse acontecimento por toda a região.
São Miguel apareceu a um rico cidadão da região da Frigia, que tinha uma única filha, que era muda, e disse-lhe em sonho: “Conduze a tua filha à fonte dos cristãos e crê na onipotência do seu Deus, que tua fé será recompensada”. Cheio de esperança, pai e filha foram à fonte e lá perguntaram aos cristãos o que deveriam fazer. Eles disseram: “É em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e pela intercessão de São Miguel que nós usamos desta água”. Assim fizeram e, no mesmo instante a menina começou a falar, despertando em ambos um crescer da fé. Pediram o Batismo e em gratidão o homem mandou construir junto à fonte uma igreja.
Os sacerdotes dos ídolos, obstinados nos seus erros, resolveram destruir o santuário. Junto deste, passavam dois rios que eram contidos por diques. Numa noite ouviu-se um forte barulho das águas. Os pagãos tinham destruído os diques e brevemente o santuário ficaria submerso. O eremita, guardião do santuário, ao ver o que se passava, gritou: “Senhor, a Vossa Onipotência clamamos”. Enquanto ele rezava, ouviu-se uma voz vinda do céu. Era São Miguel que descia para desarmar o furor de satanás. Disse ele ao guardião do santuário: “Não temais, o inferno não pode nada contra nós”.Assim, as águas foram controladas, a terra tremeu e engoliu o grande turbilhão das águas.
As liturgias da Igreja Oriental comemoraram este acontecimento com missões e ofícios próprios no dia 6 de setembro.
O Monte Gargano
Um pastor de gado apascentava uma manada de vacas no alto do monte Gargano, na Itália, um novilho entrou em uma caverna e este desferiu lá dentro uma flecha, a qual retrocedeu com a mesma velocidade vindo ferir quem a lançara.
O fato espalhou-se rapidamente e chegou aos ouvidos do bispo de Siponto, cidade que ficava aos pés do monte Gárgano.
O Sr. Bispo convocou a diocese a rezar e jejuar por três dias, pedindo a Deus um sinal. Assim sendo, Deus, ouvindo as preces de seus filhos, envia Miguel ao Prelado pedindo que naquele local da caverna fosse construída uma Igreja em sua honra, para reavivar a fé e a devoção dos fiéis no seu amor e proteção, como Anjo custódio da Igreja Católica.
O Bispo comunica a visão ao povo, e dentro da caverna coloca um altar-mor para as celebrações eucarísticas. O Monte Gargano fica perto do convento de Nossa Senhora das Graça, onde viveu e morreu o Santo Padre Pio de Pietreleina, e este lá esteve inúmeras vezes.
Desde o último dia 15 de Agosto, Festa da Assunção da Virgem Maria, estamos rezando a Quaresma de São Miguel Arcanjo que termina na véspera de sua festa.
Os judeus invocam São Miguel como seu protetor e defensor das Sinagogas. Nas festas da Expiação concluem suas orações dizendo: “Miguel, Príncipe da Misericórdia, ora por Israel”. Daniel – “Contra esses adversários não há ninguém que me defenda a não ser São Miguel, vosso chefe (Dn 10, 22)”.
Diante de tão surpreendentes testemunhos, não devemos esmorecer e sim confiarmos também na valorosa intercessão do Grande Príncipe da Milícia Celeste São Miguel Arcanjo.
Amém!
Paz e Bem!
domingo, 22 de setembro de 2013
Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro.
25º Domingo do Tempo Comum
[22 de setembro
de 2013]
“Não podeis servir a Deus e ao
dinheiro”
[Lc
16,1-13]

No
evangelho de hoje, Jesus conta a parábola do administrador infiel. É preciso
notar que ele estava ‘dissipando os bens’ do patrão. Por isso ele foi demitido.
Aquele fato de baixar a conta dos devedores está ligado ao costume daquele tempo
de se permitir aos administradores emprestarem os bens do patrão e ganhar uma
comissão com isso. Esse administrador do evangelho estava abrindo mão desse
benefício com vistas a ser recebido nas casas daqueles beneficiados. Por isso
foi elogiado pelo patrão.
O
que interessa no texto de hoje é a má administração dos bens. Aquele
administrador estava botando a perder os bens que o patrão possuía.
Tudo
o que temos e somos são dons de Deus que devem ser administrados de acordo com o
projeto do Pai. E a primeira tarefa é nos considerarmos administradores. As
coisas não são nossas. Os filhos não são nossos. Os dons não são nossos. Tudo é
do Pai. A consagração batismal nos remete a essa realidade: tudo que somos e
temos foi consagrado ao Pai.
Tendemos
a viver em função do ter e do poder. Pensamos valer pelo que temos. Alguns de
nós buscam acumular cada vez mais dinheiro, vivendo uma vida miserável, às
vezes. Outros gastam demais. Gastam o que não têm. Vivem endividados porque
sentem necessidade de comprar e de exibir uma realidade que não são.
Em
relação aos bens públicos então, é uma lástima! Há pessoas que não sentem nenhum
peso na consciência em esbanjar as coisas públicas: combustível, veículos,
energia, água, telefone etc. Desperdiçam, deitam e rolam em cima do erário
público sem nenhum constrangimento. É um absurdo perceber gastos e despesas
desnecessários nos órgãos públicos! O evangelho de hoje vem nos ajudar a pensar
de modo mais solidário a administração dos bens. Eles devem ser colocados a
serviço de todos. Eles são para todos. Inclusive para aqueles que virão depois
de nós.
Ao
invés de abraçarmos a lógica da ‘desonestidade’, da mentira, da hipocrisia,
deveríamos hoje nos perguntar: como estamos administrando os recursos que Deus
nos deu? Como lidamos com os bens públicos que não são ‘nossos’? Quem ocupa
mesmo o centro de minha vida, que orienta minha história e decisões: o Deus de
Jesus ou dinheiro iníquo?
Cuidado com o
dinheiro!
Alguém
me abordou, nestes dias, pedindo uma explicação para a seguinte passagem do
evangelho: “Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles
vos receberão nas moradas eternas” [Lc 16,9]. É, de fato, um texto que impõe uma
reflexão maior.
No
tempo de Jesus, os pobres que moravam nas cidades usavam moedas para compra e
venda, mas de estanho e de cobre. Com Herodes, começaram a circular moedas de
ouro e prata. Portanto, tinham um valor maior. Davam mais segurança. Daí que,
para entender o que o texto quer dizer, é preciso ir à raiz da palavra que foi
traduzida como “dinheiro”. O termo usado no tempo de Jesus era mammona.
Vem da raiz aman que significa, em aramaico, confiar, apoiar-se. Era
algo em que o indivíduo colocava sua confiança.
Enfim,
o que Jesus quis dizer com “dinheiro injusto”? Parece que Jesus não conheceu
“dinheiro limpo”. Podemos concluir que Jesus considerava sempre o dinheiro como
algo injusto. As relações comerciais de seu tempo eram profundamente injustas,
sobretudo a partir do Império Romano. Então o “dinheiro” se tornara um ídolo,
ocupando o lugar de Deus. Quanto mais moedas de ouro e prata tanto mais rico e
autossuficiente. Jesus então oferece uma saída: “fazer amigos com o dinheiro
injusto”. Ou seja, empenhar-se sempre na partilha, no não acúmulo para não cair
na idolatria. Se o dinheiro era “sujo” recomenda “lavá-lo” na distribuição e
cuidado com os pobres. O dinheiro é fonte de lutas e divisão. É preciso, pois,
trabalhar para que favoreça a amizade e a comunhão, a igualdade e a
fraternidade.
Vale
deixar aqui a palavra de São Basílio, a respeito do uso do acúmulo e riqueza:
“Não és acaso um ladrão, tu que te apossas das riquezas cuja gestão
recebeste?... Ao faminto pertence o pão que conservas; ao homem nu, o manto que
manténs guardado; ao descalço, os sapatos que estão se estragando em tua casa;
ao necessitado, o dinheiro que escondeste. Cometes assim tantas injustiças
quantos são aqueles a quem poderias dar”.
E
o que dizer da “teologia da prosperidade” que assola nosso povo religioso? Uma
verdadeira afronta ao evangelho! Um pecado que “brada aos céus e pede a Deus
vingança”!
Pe. Aureliano de Moura Lima,
SDN
MANHUMIRIM,
MG
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Obra na Igreja.
Com
a coordenação no nosso tesoureiro Elcimar e com a ajuda com João Ferreira, está
sendo feita uma manutenção na torre da Igreja.
CAMINHADA DO BOM JESUS:
Neste ano, 32 peregrinos participaram da Caminhada do Bom Jesus, que saiu de Alto Caparaó com destino a Igreja do Bom Jesus à meia-noite do Domingo. Em Alto Jequitibá nos juntamos aos peregrinos da Paróquia.
Assinar:
Postagens (Atom)